Empreendedorismo feminino: lutar pelos seus sonhos nunca sai de moda

19 de novembro - chek

“Meus olhos sempre brilharam para a área da criação”, Charlene Feijó, diretora criativa da marca Chek, nasceu, cresceu e reside em Mandaguaçu, cidade em que a fábrica da Chek se encontra e onde Charlene deixou florescer todo seu tino e aptidão para o mercado da moda.

Formada em letras com especialização em educação especial, Charlene conta que todos os seus cursos foram na área financeira e da educação, no entanto, o interesse pela moda sempre correu em suas veias e depois de alguns percalços, hoje ela se encontra realizada profissionalmente estando à frente das coleções desde as escolhas das matérias primas até a finalização de todas as peças.

“Com menos de 15 anos já ia para São Paulo no Bom Retiro fazer compras com minha tia e adorava aquilo… Logo após esse período trabalhei no shopping atacado de Maringá, no banco, na prefeitura mas sempre que conseguia eu pegava roupas no atacado e vendia, pois percebia que ali eu me sentia verdadeiramente realizada. Até na Chek entrei inicialmente para ajudar no financeiro, no entanto meus olhos sempre brilharam para àrea de criação”

Apesar de sempre nutrir um grande interesse pela área da criação de moda, Charlene conta que chegar onde ela está não foi bem um conto de fadas, justamente por isso ela dá ainda mais valor no que faz, afirmando que na Chek se desenvolveu tanto pessoalmente quanto profissionalmente, percebendo que ali dentro ela consegue entregar tudo de si para alcançar seus objetivos.

E é perceptível o quanto seus olhos brilham para falar da marca… Ao ser questionada sobre o que a Chek significa para ela, Charlene conta com amor o quanto acredita que a marca é uma facilitadora da moda, pois a criação de cada peça é para facilitar a vida da mulher, não pensando em uma moda isolada mas sim cíclica de modo a atingir não só o consumidor final mas o lojista e toda a cadeia produtiva que ali trabalha. Dessa forma, fala o quanto a Chek quer aos poucos inserir uma matéria prima mais sustentável, pensando no bem estar do meio ambiente e no futuro que deixaremos para as próximas gerações.

Concomitante a toda essa significação da marca, Charlene salienta os principais desafios e oportunidades em empreender. Pontua que é desafiador estar a frente de algo devido a intensa cobrança consigo mesma “empreender é se cobrar para dar o melhor por aquilo que a gente ama”, diz também sobre o quão difícil é criar desejo no cliente final pois expressar para as pessoas o mesmo propósito da marca é fundamental “queremos cuidar de todas as mulheres, que elas se sintam bem e saiam de casa confiantes e cheias de amor próprio com os looks, pois é justamente por isso que os criamos com tanto zelo”. Já sobre as oportunidades, é nítido o quanto a Chek se estrutura como uma família e Charlene confirma isso a todo momento dizendo:

“Fico feliz que por conta da nossa marca conseguimos empregar tantas pessoas, existem mulheres que estão em casa e mesmo de lá conseguem ganhar seu próprio dinheiro e ainda dar uma atenção direta para família. Por conta disso gostamos de priorizar esse tipo de trabalho, pois não basta ter a mão de obra, é preciso entender suas necessidades e amparar suas formas de trabalho… A moda para nós é significativa desde a ideia até o último ponto e valorizar todas as pessoas envolvidas no processo é fundamental”

Porém como a maioria das mulheres empreendedoras, sua rotina se desdobra em várias funções, que mesmo levando ao cansaço Charlene realiza com muito jogo de cintura e oração “ oro toda manhã e toda noite, entrego meus dias, preocupações angústias e medos nas mãos Dele, pois sei que Deus sabe o melhor para mim e para todos a minha volta”.

Além de tentar manter uma rotina saudável com o crossfit e seu trabalho na Chek junto com Carlos, Charlene tem com ele dois filhos maravilhosos para os quais ela faz questão de estar sempre presente, seja no café da manhã, almoço, levando para escola… As atividades em família são fundamentais sendo justamente as crianças sua maior fonte de inspiração:

“Sentimentalmente falando o que mais me inspira são os meus filhos. São eles que me fazem acordar todos os dias e me dão força, é para e por eles que me empenho… Profissionalmente minha inspiração vem também da percepção de que o nosso propósito de alcançar e afetar a vida das mulheres positivamente é alcançado. Isso não tem preço.”

E é o amor pela marca que, segundo ela, a faz permanecer e lutar todos os dias. Diz que tudo que envolve a criação para ela é prazeroso, desde a pesquisa de referências até a sensação de frio na barriga que aparece na “expectativa vs realidade” ,quando se coloca a mão na massa. Charlene pontua que mesmo frente às dificuldades, é sempre revitalizante pensar no potencial da marca e em tudo que ela pode alcançar no futuro:

“meu sonho para a marca é vê-la ajudando a moda do Brasil ser reconhecida e o produto brasileiro cada vez mais evidenciado. Além disso, perceber que a Chek não causa só desejo no cliente mas sim faz parte da sua história, o auxiliando a encontrar o cuidado consigo mesmo e a descobrir as várias formas de amor próprio através de peças que criamos, pois essas não servem só para cobrir o corpo, também são responsáveis por expressar uma personalidade e deixar florescer aquilo de único que existe em cada mulher”

Evidenciando o dia do empreendedorismo feminino, Charlene ressalta o quão importante é esse mercado estar crescendo, pois acredita que as mulheres possuem mais sensibilidade para percepção de diferentes formas para lidar com um problema, além de, em sua maioria, serem flexíveis para fazer várias coisas ao mesmo tempo. Pontua também a complementaridade que percebe ao trabalhar com seu marido Carlos, pois ele sempre lhe dá segurança e a incentiva a buscar o melhor para si mesma e para a marca.

A empreendedora salientou que, sua dica para quem está iniciando um negócio agora é a importância de não desistir na primeira dificuldade, pois são nas dificuldades que ganhamos forças, aprendemos e nos tornamos mais fortes e resilientes. Além disso, diz da necessidade de conhecer seu próprio nicho porém sempre criando uma personalidade para o seu produto, procurando parcerias, amizades e construindo relacionamentos que funcionem como rede “é fundamental enxergar as pessoas como parceiras e não concorrentes, assim criamos nosso espaço e auxiliamos as pessoas a nossa volta também crescerem”

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