Empreendedorismo Feminino: Oração Veste Propósito
17 de novembro - chek
Formada em moda desde 2006, Noemy Costa, estilista da marca Chek,
contou que além de sua aptidão para desenho e criação, teve um impulso familiar
para a escolha de sua profissão.
“A minha mãe era costureira, ela tinha o dom de inspirar e transmitir o que queria por meio das roupas… não sei se foi a figura materna ou interesse meu mesmo, mas desde pequena me fascinava pelas aulas de desenho que via na televisão e pela proximidade que me trazia com minha mãe, ela validava, incentivava e regia muito isso”.
Paulista mas de coração paranaense, morando em Maringá, Noemy ressalta que entre a rotina de muito trabalho, se dedica a estudar inglês, ler bastante, se cuidar, fazer atividade física, ficar junto com a família, apoiar os filhos em suas atividades, meditar a importância de Deus e da religião em sua vida e o desejo de adentrar a palavra do Senhor. Sempre bem humorada, Noemy diz tentar integrar tudo isso a sobreviver nesse mundo caótico.
Além da Chek se dedica a seus projetos pessoais, cristã Noemy acredita que seu sua marca, a Club5 foi um Jonas, uma baleia na qual entrou, um desafio que a possibilitou de maneira acessível unir 5 segmentos com a mesma estampa, deste prato a camiseta e papel de parede, de maneira lúdica fomentando a adesão de coisas para a família. Mas sente em seu atual projeto o coração disparar “a Roupa do Céu é meu propósito, entrei na casa quando me mostraram a identidade visual, muito real e poderosa… me ajudando a difundir transformação, essência e significado” ressalta.
A 5 anos trabalhando na Chek observa o quanto amadureceu e como a marca é uma família capaz de feitos impressionantes, como “transmitir algo que pode mudar o mundo, mudar pessoas, vestir mulheres de dentro para fora entregando uma mensagem”. Mas salienta que uma das principais dificuldades é encontrar mão de obra para a costura. Em contrapartida em seus projetos pessoais o desafio é esperar, saber que tudo vai acontecer no tempo certo e sempre fazer, dar continuidade, saber que vai acontecer por mais que existam dificuldades no meio do processo.
“Empreender no Brasil é complicado, muita taxa, muito imposto e você não pode deixar de colocar isso no seu produto, o saber cobrar é necessário. Se mostrar a roupa a pessoa ainda olha o preço, algumas não entendem todo o processo por trás daquilo. Para empreender você tem que ter coragem e acreditar no seu propósito se não você desiste, pois às vezes romantizamos o negócio” reforça a estilista.
Comunicativa e empolgada, Noemy enfatiza que um ponto muito positivo de seu trabalho é se relacionar com pessoas, ver o olho delas brilharem com a ideia, que a pessoa conseguiu algo ali, ganhou uma missão e cumpriu. O convívio diário com as mulheres com quem trabalha cria uma relação de confiança e troca muito bonita “onde se multiplica a renda multiplica os que comem dela, você tem seus colaboradores e acredita que estão caminhando pelo mesmo propósito, o crescimento é junto, caminhar e se ligar pela visão que tem”.
A estilista assume que lidar com planejamento ainda é algo difícil para si, que chegava a negar essa necessidade, pois se focava em resolver os problemas de todas as áreas e estar atenta a tudo, mas atualmente entende que com o planejamento e uma oração que nunca é demais, ela faz sua parte e o planejamento a dele.
Pessoalmente quer manter uma constância no que já conquistou e ser mãe de três profissionais totalmente apaixonados pelo o que fazem, incentivando o empreendedorismo neles. E profissionalmente deseja estabelecer a Roupa do Céu, tocar a vida dos outros, atingir as pessoas e famílias empenhadas neste processo, implantando negócios conseguindo gerir uma escola de moda em uma favela e na África a deixaria muito feliz e realizada.
Como recadinho para quem deseja empreender, Noemy destaca que é importante não entrar só pensando em lucro “sentir um propósito que queime no seu coração, que faça você perder o ar só de pensar é a certeza que estará fazendo aquilo motiva”. Segundo ela, o caminho para o progresso é dar sentido às coisas, ter uma direção para não se perder, afinal concorrentes sempre irão existir, mas tendo um propósito não precisa nem olhar para o lado